Obesidade infantil: explicando causas, consequências e tratamentos

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A obesidade infantil é um mal que não poupa a juventude e inocência das crianças, afetando uma parcela significativa dos jovens ao redor do planeta. Em termos técnicos, compreende-se que uma criança obesa é aquela que apresenta um IMC (Índice de Massa Corporal) superior ao percentil 95. Nessa idade, a condição representa risco de desenvolvimento de inúmeras doenças crônicas, que estarão presentes e deixarão consequências graves no decorrer da vida.

Vamos abordar ao longo do texto as causas, consequências e tratamentos indicados para crianças diagnosticadas com obesidade. Tenha uma boa leitura!

As causas da obesidade infantil

A obesidade surge na infância por causa de uma série de fatores, que podem ser de diferentes naturezas: genéticos, comportamentais, familiares e psicológicos, por exemplo. Os médicos especialistas no assunto concordam que crianças com pais obesos têm uma predisposição maior ao desenvolvimento da doença, mas também são categóricos ao entender que o núcleo do problema é o mesmo apresentado por pacientes adultos: uma rotina com grande desproporcionalidade entre alimentação desregrada e exercícios físicos.

O fast-food novamente aparece como um grande vilão para pacientes com esse quadro. Refrigerantes, industrializados e alimentos ricos em açúcar e gordura são considerados grandes responsáveis pela introdução dos jovens no universo da obesidade. Levantamentos recentes apontam que, nos Estados Unidos da América, 32% das jovens do sexo feminino e 52% dos jovens do sexo masculino consomem, diariamente, pelo menos 700ml de refrigerante. Esse cenário é considerado crítico e bastante favorável ao surgimento do quadro de obesidade.

Uma alimentação familiar incorreta também contribui muito para o surgimento da obesidade infantil. A correria do dia a dia condiciona muitos pais, inclusive os que não sofrem com quadro de obesidade, a alimentarem seus filhos de maneira incorreta e desregrada, com refeições congeladas e pré-preparadas. Uma dieta pobre em alimentos de origem natural é um grande fator condicionante para o surgimento de crianças obesas.

A falta de estímulo ao desenvolvimento físico também é apontada como uma responsável crucial. Crianças que não se exercitam tendem a desenvolver obesidade por não queimarem calorias, e também podem apresentar problemas em outras áreas da vida, como motoras ou psicológicas.

Consequências para o desenvolvimento da criança

A obesidade infantil é um terreno fértil para o surgimento de inúmeras doenças crônicas, que vão deixar marcas e consequências – tanto físicas quanto psicológicas – durante toda a vida da criança. Conheça mais sobre as condições variantes:

Diabetes: crianças obesas são fortes candidatas ao desenvolvimento da diabetes de tipo 2, quando o organismo fica incapaz de processar a glicose. A doença pode manifestar complicações nos olhos, sistema nervoso e rins. Apesar de crônica, a diabetes pode ser controlada através de dieta e opções corretas de estilo de vida.

Asma: é a doença mais comumente associada à obesidade. As inflamações decorrentes do excesso de peso costumam prejudicar as vias aéreas e agravar o quadro de pacientes asmáticos.
Doenças cardíacas: alto colesterol e pressão arterial elevada são fatores de risco para o desenvolvimento de complicações cardíacas em crianças obesas. Infartos e acidentes vasculares podem ser consequências diretas quando se tornarem adultos.

Distúrbio do sono: a obesidade pode desencadear distúrbios de sono em crianças e adolescentes, provocando problemas como apneia e sono excessivo, o que no final das contas agrava ainda mais o ganho de peso devido as alterações metabólicas decorrentes da restrição do sono.
Dores nas articulações : as dores crônicas nas articulações podem acometer crianças e adolescentes obesos. O desenvolvimento físico com excesso de peso também pode resultar em limitações motoras.

Como tratar a obesidade infantil 

Mudanças de estilo de vida e alimentação são essenciais para o tratamento de crianças obesas. Os hábitos alimentares dos pais também precisam acompanhar as opções saudáveis, influenciando positivamente nas crianças. É impossível tratar crianças obesas enquanto todos da mesma casa, sem exceção, não decidirem mudar os hábitos.

O primeiro passo é o de restringir o consumo doméstico de refrigerantes, alimentos ricos em açúcar e ultraprocessados. Opte sempre por opções naturais em refeições e lanches. É sempre válido frisar a necessidade de abordagens criativas e lúdicas para que crianças se interessem por alimentos como frutas, legumes e vegetais.

É importante centrar as refeições e lanches em torno de opções não processadas e industrializadas, como frutas frescas e vegetais, proteínas magras, grãos e boas fontes de carboidratos. Envolver a criança no processo de preparo do alimento também pode ser interessante.

Além da saúde física do organismo das crianças, o tratamento para obesidade infantil pode impactar positivamente em uma série de outras áreas: autoestima, capacidade de aprendizado, desempenho escolar e facilidade de fazer amigos. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menos anos da melhor fase da vida se perdem para o terrível mal da obesidade.

Mudanças comportamentais e familiares são o ponto de partida para o combate da obesidade infantil, mas a ajuda médica é fundamental para o processo. A nutrologia e a nutrição pediátrica têm muito a acrescentar na qualidade de vida e desenvolvimento de crianças obesas, e solicitar acompanhamento profissional é uma etapa importante do processo.

O nosso blog é um espaço colaborativo e dedicado à criação e ao compartilhamento de conteúdos médicos. Clique aqui para acessar os outros textos!

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Sobre Dr. Bruno Cosme

Sobre Dr. Bruno Cosme

Dr Bruno Cosme é especialista em Medicina do Estilo de Vida e no tratamento da obesidade. Ele acredita que a chave para reverter a atual epidemia de doenças crônicas é a alfabetização científica. Ele cria textos educativos para ajudar as pessoas a recuperar a sua saúde através da alimentação e estilo de vida saudável, tentando simplificar a informação científica para causar impacto na decisão individual de ter saúde.

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